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Mitos e Verdades Sobre o TDAH: O que é Realidade e o que é Crença Sobre o Assunto?

Foto do escritor: Rochelle Affonso MarquettoRochelle Affonso Marquetto

mitos sobre tdah


Os mitos sobre TDAH são constantemente espalhados nas rodas de conversas sobre saúde mental. Quando se trata do assunto, parece que todos têm algo a dizer.


Se você sempre se distrai e acha difícil manter o foco, talvez já tenha ouvido conselhos como "durma melhor" ou "experimente meditar". Essas são boas sugestões, é verdade, mas quando se trata de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a questão é bem mais complexa.


A pesquisa em torno do TDAH teve grande avanço nos últimos 25 anos, contribuindo para a compreensão mais profunda e abrangente do tema. No entanto, mitos e desinformação ainda persistem.


Este artigo busca esclarecer alguns desses mitos comuns sobre o transtorno e apresentar as verdades baseadas na pesquisa científica atual.


Dados Estatísticos sobre o TDAH:


Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), a prevalência global do TDAH oscila entre 5% e 8%.


Além disso, é estimado que até 70% das crianças diagnosticadas com esse transtorno enfrentam ao menos uma outra condição comórbida, e um mínimo de 10% lidam com três ou mais comorbidades associadas.


Agora, vamos para os principais mitos acerca do assunto.


Mito 1: TDAH É Uma "Modinha"


Dizer que o TDAH é uma invenção moderna é um erro. Na realidade, o TDAH é um transtorno neurobiológico legítimo, com décadas de pesquisa científica para embasá-lo.


Não se trata de um termo da moda ou de uma desculpa para comportamentos desatentos ou hiperativos.


As primeiras descrições do que hoje conhecemos como TDAH datam de pelo menos o século XIX. Já a nomenclatura e os critérios diagnósticos têm sido aprimorados com o tempo, particularmente nas últimas décadas, mas a condição em si não é "nova."


Mito 2: O TDAH é Resultado de Falhas na Criação dos Filhos ou de Indisciplina


Pode ser fácil colocar a culpa nos pais quando se trata de TDAH, mas a realidade é muito mais complexa. O TDAH não é causado simplesmente por falhas parentais ou falta de disciplina.


Na verdade, o transtorno pode prover de uma combinação de fatores, que vão desde a genética até a química cerebral e influências ambientais que ocorrem durante o desenvolvimento fetal.


É verdade que um ambiente familiar saudável pode aliviar alguns dos sintomas associados ao TDAH. No entanto, é importante considerar que, mesmo em famílias ideais, o TDAH ainda pode estar presente.


Portanto, embora o ambiente possa afetar a gravidade dos sintomas, nem sempre é correto afirmar que o TDAH seja resultado de "má parentalidade" ou falta de disciplina.


Enfim, antes de dar um diagnóstico, é preciso avaliar cada caso particular.


Mito 3: Apenas Crianças Hiperativas Têm TDAH


O TDAH apresenta-se de formas diferentes em diferentes pessoas e não apenas em crianças. Algumas podem ter o subtipo predominantemente desatento, outras o hiperativo-impulsivo, e ainda outras podem ter uma combinação dos dois. Nem todos exibem hiperatividade perceptível.


Assim, o transtorno pode se manifestar de várias formas, incluindo desatenção, hiperatividade e impulsividade. Além disso, ele pode persistir na idade adulta, e seus sintomas costumam mudar ao longo do tempo.


Mito 4: O TDAH Não é Sério e Desaparece Com o Tempo


Ao contrário do que muitos pensam, o TDAH não é uma "fase" pela qual alguém simplesmente passa ou um problema menor que desaparece com o tempo. Estudos mostram que o TDAH pode ser uma condição crônica que costuma persistir na idade adulta.


Além disso, ele é comumente associado a outras comorbidades, como transtornos de humor e ansiedade, tornando o problema ainda pior.


Persistência dos Sintomas na Vida Adulta


A ideia de que o TDAH desaparece com a maturidade é um mito prejudicial. De acordo com estudos recentes, cerca de 60% das crianças diagnosticadas com TDAH continuam a exibir sintomas na vida adulta.


No entanto, os sintomas podem mudar de forma e intensidade, como hiperatividade se transformando em inquietação interna, mas o transtorno em si raramente desaparece completamente.


Comorbidades Agravam o Quadro


Como visto, em alguns casos o TDAH pode vir acompanhado de outros transtornos coexistentes. Entre os mais comuns estão o transtorno de humor, o transtorno bipolar e os transtornos de ansiedade.


Isso não apenas complica o diagnóstico e o tratamento do TDAH, mas também podem acentuar os sintomas, tornando a administração ainda mais difícil.


Como o TDAH Atinge a Vida Cotidiana


Ignorar o TDAH como algo sem importância é um erro, já que ele pode realmente mexer com a vida de uma pessoa. De ter problemas na escola e no emprego até viver momentos de tensão com amigos e familiares.


Por isso, é superimportante entender que o TDAH é algo realmente sério e muitas vezes permanente. Além disso, o tratamento adequado pode incluir remédios, terapia e técnicas para controlar os sintomas, tudo para melhorar a qualidade de vida a longo prazo.


Mito 5: O TDAH afeta apenas Meninos e Homens


Esse mito é bem antigo e bastante equivocado! Ambos os gêneros podem ser afetados pelo TDAH, mas os sintomas podem se manifestar de formas diferentes em homens e mulheres.

Por exemplo, enquanto meninos costumam ser identificados como hiperativos e impulsivos, as meninas podem ser mais desatentas e sonhadoras, o que às vezes faz com que o diagnóstico passe batido.

Além disso, estigmas e estereótipos de gênero podem atrapalhar o diagnóstico. Quando as mulheres mostram sintomas de TDAH, esses podem ser erradamente atribuídos a condições como ansiedade ou depressão.

  • Então, fica a dica: o TDAH não escolhe gênero e pode afetar qualquer um, com sintomas que vão além dos estereótipos. Pesquisadores já estão de olho em como o TDAH aparece e se desenvolve em meninas e mulheres, porque o transtorno não faz distinção de sexo.


Conclusão


Bem, apesar de ainda haver muitos mitos sobre TDAH, a maré está mudando. Cada vez mais, estamos adotando linguagens inclusivas e respeitosas, como "neurodivergência", para falar sobre a diversidade da mente humana.

Isso mostra que estamos evoluindo na forma como vemos e tratamos o TDAH e outras condições de saúde mental.


O melhor de tudo é que a visão de que a saúde mental é um direito humano fundamental está ganhando força. Isso significa mais acesso a bons tratamentos, mais inclusão e, o mais importante, mais amor e compreensão para todos que convivem com o TDAH.


E se você gostou desse conteúdo e quer ficar por dentro de tudo que postamos, que tal visitar nosso blog?



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