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  • Foto do escritorRochelle Affonso Marquetto

Entendendo e superando o Estresse Pós-Traumático (PTSD): um caminho para a recuperação

O transtorno de estresse pós-traumático (PTSD) é um distúrbio mental que pode se desenvolver após a experiência ou testemunho de eventos traumáticos. Isso acontece quando a pessoa passa por situações de ameaça ou grave lesão, como violência sexual, acidentes, desastres naturais, assaltos e abusos.


Os indivíduos com PTSD comumente experimentam sintomas como flashbacks, pesadelos, angústia e ansiedade. Contudo, é fundamental conhecer o tema e entender que existem tratamentos para a recuperação do paciente.


Neste artigo, trataremos sobre as principais causas e sintomas do PTSD, bem como discutiremos o panorama geral sobre os diferentes tratamentos e intervenções possíveis.


Causas que podem desencadear o estresse pós-traumático (PTSD)


Infelizmente, o PTSD pode afetar seriamente a vida diária de uma pessoa. Muitos sentem dificuldade em trabalhar, estudar e manter relacionamentos saudáveis quando passam pelo problema.


De fato, são inúmeras as causas responsáveis pelo aparecimento do transtorno, incluindo:


  • Violência física ou sexual: esse tipo de evento pode deixar sequelas graves e duradouras, como comportamentos autodestruitivos, abuso de álcool e outras substâncias tóxicas, além de problemas para manter bons relacionamentos.

  • Testemunhar atos de violência: mesmo quem não é exposto diretamente ao evento, mas o presencia como testemunha, pode desenvolver os sintomas de PTSD.

  • Diagnóstico de doenças graves: passar pelo diagnóstico de uma doença grave, como câncer ou AIDS , pode gerar impactos negativos na saúde mental e o aparecimento do estresse pós-traumático.

  • Discriminação: sofrer discriminação ou bullying baseados em raça, orientação sexual ou qualquer outra forma de preconceito e exclusão social são causas comuns do transtorno.

  • Morte de ente querido: a perda de um ente querido também pode levar ao PTSD.

  • Abandono, separação e abuso emocional: o fim de um relacionamento é potencial para danos psicológicos, assim como passar por abusos emocionais prolongados.

  • Desastres naturais e acidentes: muitos sobreviventes de desastres naturais, como terremotos, inundações, incêndios e acidentes podem desenvolver o estresse pós traumático.


Sintomas comuns que decorrem do estresse pós-traumático (PTSD)


Em geral, os sintomas de quem enfrenta o PTSD são intensos e afetam muito a qualidade de vida e bem-estar. Quanto aos sintomas, é possível dividi-los em quatro categorias a seguir:

  1. Reexperiência: o paciente pode reviver o evento traumático por meio de flashbacks, sonhos ou memórias intrusivas.

  2. Evitação: sugere a tentativa de evitar pensamentos, sentimentos ou lugares que possam trazer à tona as lembranças do trauma.

  3. Hiperexcitabilidade: trata-se do sentimento constante de irritabilidade, dificuldades de dormir, hiper vigilância e reações exageradas a situações que normalmente não seriam uma ameaça.

  4. Alterações cognitivas e de humor: alterações de pensamento, dificuldade de lembrar de detalhes sobre o trauma, pensamentos negativos e alterações de humor, como tristeza, ansiedade e depressão.

É bom deixar claro que os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem surgir dias após ou levar meses ou até anos para o aparecimento.


Em resumo, o estresse pós-traumático é uma condição complexa e seus sintomas podem se manifestar de diversas formas. Portanto, se você suspeita de estar sofrendo com PTSD, é essencial buscar ajuda profissional para identificar de maneira precisa e receber o tratamento adequado.


Fatores de risco para PTSD: histórico familiar, gênero e tipo de trauma


Um dos fatores de risco mais conhecidos para PTSD é o histórico familiar de transtornos mentais. Um estudo, realizado por cientistas da Escola de Medicina de Ana Diego da Universidade da Califórnia, descobriu que há forte predisposição genética ao distúrbio, embora os mecanismos exatos ainda não sejam bem compreendidos.


O gênero também pode ser um fator de risco para o estresse pós-traumático. As mulheres são mais suscetíveis, devido a questões biológicas e culturais, como abuso sexual, violência doméstica, alterações hormonais e discriminação em contextos sociais.


O tipo de evento traumático também influencia no aparecimento do PTSD. Em alguns casos, traumas que envolvam violência física e abuso infantil, por exemplo, têm maior probabilidade de levar ao desenvolvimento do problema que outros eventos, como acidentes de carro e desastres naturais. Portanto, o grau de exposição ao trauma também são fatores de risco significativos.


Como o PTSD é diagnosticado

Todo diagnóstico relacionado a transtornos mentais deve ser feito pelo médico especialista, como psiquiatras e psicólogos.

Dentre alguns critérios utilizados pelo profissional, podemos citar:

  • A exposição a eventos traumáticos;

  • Presença de sintomas de evitação;

  • Alterações negativas de humor associadas ao trauma;

  • Pesadelos recorrentes;

  • Sentimentos de angústia e pânico intenso;

  • Isolamento social e emocional;

  • Reações exageradas de sobressalto (susto)

  • Dificuldades para dormir ou manter o sono

  • Sentimento de culpa, vergonha ou autoacusação devido ao trauma

  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas

  • Abuso de álcool e outras substâncias para lidar com os sintomas

Para realizar o diagnóstico correto, o médico pode utilizar diferentes abordagens, como entrevistas clínicas estruturadas, questionários padronizados e avaliação psicológica. Além disso, é importante ressaltar que o diagnóstico não deve ser feito com base apenas em sintomas isolados, mas sim em uma avaliação clínica cuidadosa sobre o contexto de vida de cada paciente.

Como tratar o PTSD


Com o tempo, diversas abordagens, sobre o estresse pós traumático (PTSD), foram estudadas e revistas, de modo que, hoje, conta-se com o tratamento por meio de terapias, medicações e suporte psicossocial.

A terapia cognitivo-comportamental é uma forma eficaz de identificar e modificar padrões e comportamentos disfuncionais que contribuem para o estresse pós-traumático. Além disso, outras terapias podem ser realizadas, como as apresentadas a seguir:

  • Terapia em grupo: nessa técnica os pacientes compartilham suas experiências com pessoas que passaram por situações semelhantes, ajudando a reduzir o sentimento de isolamento e solidão.

  • Terapia ocupacional: visa ajudar o paciente a reconstruir suas habilidades e autoconfiança após o evento traumático. Essa estratégia pode incluir atividades como artesanato, jardinagem e culinária, por exemplo.

  • Mindfulness: é uma técnica de meditação que pode ajudar as pessoas com PTSD a se concentrar no momento presente, reduzindo a ansiedade e o estresse associados ao transtorno.

Quanto aos medicamentos, antidepressivos e ansiolíticos, geralmente, são usados durante tratamento, com o objetivo de controlar sintomas negativos, como a depressão.

Se você tiver sintomas de PTSD, converse com um profissional de saúde. Não deixe que esse transtorno controle sua vida e prejudique sua saúde mental.


Agende já uma consulta para obter orientação e apoio durante o processo de tratamento.



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