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Foto do escritorRochelle Affonso Marquetto

Depressão infantil: sinais, causas e estratégias de apoio


depressão infantil

A infância é uma fase cheia de descobertas e desenvolvimento. No entanto, para algumas crianças, essa fase pode ser marcada por tristeza e desânimo, sinal de que algo mais sério pode estar acontecendo: a depressão infantil.


A depressão infantil afeta entre 1% e 3% das crianças e adolescentes de 0 a 17 anos no Brasil, o que representa aproximadamente 8 milhões de crianças.


Fatores como o baixo acesso aos serviços de saúde mental, a qualidade de vida e a alta taxa de violência são alguns dos elementos que contribuem para essa realidade preocupante.


Por isso, neste post, vamos falar sobre os principais sinais que podem indicar a depressão em crianças, as possíveis causas desse transtorno e as estratégias que podem ser implementadas para ajudá-las a superar esse desafio.


Acompanhe a leitura até o final para entender como você pode fazer a diferença na vida de uma criança que enfrenta a depressão!


Leia também:


Sinais de depressão infantil


De acordo com estudos recentes, a prevalência de depressão em crianças e jovens no Brasil está aumentando, com cerca de 2,8% sendo diagnosticados com episódios depressivos.


Identificar a depressão em crianças pode ser mais complicado, pois os sintomas costumam ser confundidos com comportamentos típicos da infância. 

No entanto, alguns sinais podem indicar a presença do distúrbio:

  • Irritabilidade e Agitação: Crianças deprimidas podem se mostrar mais irritadas ou agitadas do que simplesmente tristes, o que pode indicar algo errado.


  • Mudanças no Apetite e no Sono: Alterações nos padrões alimentares e de sono, como comer demais ou perder o apetite, e dificuldades para dormir ou excesso de sono, são comuns.


  • Perda de Interesse em Atividades: A diminuição no interesse por atividades que antes eram prazerosas, como brincar com amigos ou participar de esportes, pode indicar depressão.


  • Baixa Autoestima e Sentimentos de Inutilidade: Comentários sobre se sentir inútil ou não ser bom o suficiente são alarmantes e devem ser levados a sério.


  • Problemas na Escola: A depressão pode afetar o desempenho escolar e resultar em queda nas notas, falta de concentração e aumento das faltas às aulas.


Causas da depressão infantil


As causas da depressão infantil são variadas, podendo incluir:


  • Fatores Genéticos: Crianças com histórico familiar de depressão têm maior probabilidade de desenvolver a condição.


  • Ambiente Familiar: Um ambiente doméstico estressante, com conflitos constantes ou falta de apoio emocional, contribui para o desenvolvimento da depressão.


  • Eventos Traumáticos: Experiências traumáticas, como a perda de um familiar, abuso ou negligência, podem desencadear a depressão em crianças.


  • Pressões Acadêmicas e Sociais: As demandas escolares e a pressão para se encaixar socialmente também são fatores desencadeantes.


Sintomas comuns


Os sintomas de depressão infantil podem incluir:


  • Tristeza persistente ou desânimo

  • Irritabilidade e raiva

  • Sentimento de culpa ou baixa autoestima

  • Distúrbios do sono e dificuldade de concentração

  • Queixas somáticas, como dores de cabeça ou barriga, especialmente em crianças menores


Estratégias de apoio





Embora a depressão infantil seja um sério problema, há várias estratégias que podem ajudar as crianças a superar seus sintomas e alcançar a recuperação:


  • Apoio Familiar: Um ambiente familiar acolhedor e compreensivo é fundamental. Os pais devem estar atentos aos sinais de depressão e dar apoio emocional contínuo.


  • Terapia: As terapias são muito importantes no tratamento da depressão infantil. Conversar com um psicólogo, por exemplo, pode fazer uma grande diferença, pois eles ajudam a criança a entender e superar esses sentimentos.


  • Rotinas Estruturadas: Estabelecer uma rotina diária que inclua atividades prazerosas e momentos de descanso pode ajudar a criança a se sentir mais segura e menos ansiosa.


  • Atividade Física: A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a melhorar o humor e reduzir os sintomas depressivos.


  • Intervenção Escolar: Professores e profissionais da educação devem estar cientes da condição da criança e trabalhar em conjunto com a família para fornecer um ambiente escolar acolhedor e adaptado às necessidades dela.


Experiências difíceis na infância


Crianças que passam por situações difíceis, como abuso ou conflitos familiares, têm maior risco de desenvolver depressão. Esses eventos podem causar estresse alto e afetar o bem-estar emocional a a longo prazo. 


Por isso, é importante que pais e responsáveis estejam atentos e busquem ajuda profissional para apoiar a criança.


O bullying e a depressão infantil


O bullying pode ser um grande fator na depressão de uma criança. 

Quando ela é intimidada fica triste, isolada e pode desenvolver depressão. É essencial que escolas e pais identifiquem sinais de bullying e tomem medidas para proteger a criança.


A importância da triagem precoce

Recentemente, especialistas têm enfatizado a importância da triagem precoce de depressão e ansiedade em crianças e adolescentes. A recomendação é que todas as crianças a partir dos 8 anos sejam regularmente avaliadas para identificar sinais precoces de transtornos mentais. 


Com a detecção e o tratamento precoce é possível prevenir a progressão da depressão e reduzir o risco de complicações graves, como o suicídio, que é uma das principais causas de morte entre jovens de 10 a 18 anos. 


A integração dessas triagens nas rotinas pediátricas pode melhorar muito o suporte oferecido às crianças e garantir melhores intervenções.


Terapias para depressão infantil


Terapias Recentes:

Uma das novidades promissoras é a terapia de neuromodulação magnética acelerada (SAINT), que foi desenvolvida na Universidade de Stanford. Esse tratamento envolve a estimulação magnética transcraniana, ajustada individualmente para cada paciente, e tem mostrado resultados impressionantes, com cerca de 80% dos participantes experimentando rápida melhora da depressão. 


Esta terapia pode ser um divisor de águas, principalmente em casos de depressão resistente ao tratamento tradicional.


Outras terapias:


  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é uma das terapias mais comuns para tratar a depressão em crianças. Ela ensina os pequenos a perceberem quando estão presos em maus pensamentos e como trocá-los por pensamentos mais saudáveis. Com sessões regulares, as crianças aprendem a melhorar suas emoções e enfrentar o dia a dia de forma mais tranquila.


  • Terapia Interpessoal (TIP): A TIP foca nos relacionamentos da criança com outras pessoas e como esses relacionamentos afetam seu estado emocional. Essa terapia ajuda a melhorar a comunicação e a socialização, o que, por sua vez, pode aliviar os sintomas da depressão ao melhorar os laços com a família e os amigos.


  • Terapias de Arte e Música: Essas terapias, como a arte-terapia e a musicoterapia, dão às crianças uma forma diferente de expressar suas emoções, sem precisar falar. Elas são excelentes para crianças que têm dificuldade em dizer o que sentem ou que se sentem desconfortáveis em terapias mais tradicionais.


Conclusão


A depressão infantil é um problema sério que precisa ser tratado rápido e de maneira completa. 


Com as terapias certas, um ambiente familiar amoroso e um bom suporte na escola e na comunidade, a criança pode superar a depressão e voltar a se sentir bem.

Se o seu filho ou alguma criança que conhece sofre com esse distúrbio, agende uma consulta com nossos especialistas em saúde mental.


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