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Foto do escritorRochelle Affonso Marquetto

Borderline na Infância: Como identificar e tratar esse transtorno desde cedo


borderline na infância

Antes de tudo, algo que você precisa saber: o transtorno borderline não surge apenas na fase adulta. Na verdade, muitos sinais podem começar a aparecer ainda na infância. 


O problema é que o borderline na infância é difícil de detectar, já que o diagnóstico definitivo geralmente só é feito após os 18 anos. Mesmo assim, é possível reconhecer padrões de comportamento que podem indicar a presença do transtorno.


Aproximadamente 2 milhões de pessoas no Brasil são afetadas pelo TPB, tornando-o um transtorno comum, embora pouco discutido. Com a informação certa e apoio adequado, você pode mudar o rumo da vida da criança com borderline!


Portanto, acompanhe o artigo e descubra como identificar e tratar esse transtorno desde cedo.


O Que é o Transtorno Borderline e Como Ele se Manifesta na Infância


O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é caracterizado pela instabilidade emocional, relacionamentos conturbados e comportamentos impulsivos. Enquanto nos adultos ele se manifesta de forma mais visível, como mudanças de humor súbitas e comportamentos autodestrutivos, na infância ele é mais sutil.


Entenda que as crianças com tendência ao borderline podem:


  • Irritabilidade e acessos de raiva.

  • Temperamento difícil e impulsividade.

  • Sintomas físicos como dores de cabeça, de estômago, problemas alimentares e alterações no sono, quando estressadas.

  • Apego desorganizado aos pais ou cuidadores.

  • Isolamento.

  • Menos atenção, interesse ou desejo de interagir com pais ou cuidadores.


E o mais importante... Na infância, esses sinais podem ser confundidos com outras questões, como ansiedade ou hiperatividade. 


Por isso, os pais, professores e cuidadores precisam ficar atentos e buscar orientação se perceberem algo diferente.


O Que Pode Causar o Borderline na Infância?


O transtorno pode ter origem em diversos fatores. Alguns dos principais são:


  • Estresses durante a infância.

  • Abuso físico e sexual, negligência, separação dos cuidadores ou perda de um pai.

  • Predisposição genética.

  • Educação muito autoritária.

  • Casamento conflituoso dos pais.

  • Transtornos de personalidade, uso de substâncias, depressão ou bipolaridade em algum dos pais.


Como é Feito o Diagnóstico do TPB?


O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline é feito por um profissional de saúde mental qualificado, como um psicólogo ou psiquiatra. 


Eles analisam o histórico e os sintomas do paciente, além de considerar informações fornecidas pelos pais ou responsáveis.


A Transição do Borderline para a Adolescência


Na adolescência, o transtorno borderline pode se tornar ainda mais forte. Essa é uma fase cheia de mudanças físicas e emocionais, e para o adolescente borderline, essas mudanças podem parecer assustadoras.


Adolescentes com TPB podem apresentar:


  • Mudanças bruscas de humor: Saem da euforia para a tristeza em poucos minutos.

  • Medo de rejeição: Sentem-se inseguros, achando que todos vão abandoná-los.

  • Comportamentos impulsivos: Podem tomar atitudes arriscadas, como automutilação ou abuso de substâncias.


O problema é que esses comportamentos, sem diagnóstico e tratamento adequado, podem afetar a vida do adolescente de forma muito negativa, influenciando nos estudos, amizades, relacionamentos familiares e até na autoestima.


Por Que É Essencial Ficar Atento ao Borderline na Infância e Adolescência


Vamos ser sinceros: quanto antes você identificar os sinais do transtorno borderline, maiores são as chances de melhorar a vida da criança ou adolescente. 


A verdade é que muitos sintomas do TPB, quando identificados precocemente, podem ser tratados com sucesso, evitando que o problema se agrave com o passar do tempo.

Aqui está o que você precisa ter em mente:


  • Identificar cedo ajuda no tratamento: Reconhecer os sinais faz com que a criança ou adolescente receba terapia e apoio especializado.

  • Melhora os relacionamentos: Com tratamento, eles aprendem a cuidar melhor de suas emoções e ter relações mais saudáveis.

  • Evita comportamentos de risco: Sem intervenção, os jovens podem recorrer a comportamentos perigosos, colocando em risco seu futuro.


Como o Ambiente Familiar Pode Influenciar o Borderline na Infância



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Algo que você precisa saber: o ambiente em que a criança cresce pode ter um grande impacto no desenvolvimento do transtorno borderline. 


Crianças são extremamente sensíveis ao que acontece ao seu redor, especialmente dentro do ambiente familiar. Por isso, é fundamental ficar atento à dinâmica e aos relacionamentos dentro de casa.


  • Estresse Familiar: Um lar cheio de brigas, discussões ou instabilidade emocional pode contribuir para o desenvolvimento de tendências borderline. A criança sente tudo isso e sem a orientação certa, pode começar a desenvolver comportamentos impulsivos ou medo da rejeição.

  • Pais com Dificuldades Emocionais: Pais que também enfrentam problemas emocionais, como depressão, ansiedade ou transtornos de personalidade, podem, mesmo sem perceber, afetar o comportamento da criança. A criança pode internalizar o estresse dos pais e reproduzir essas emoções, tornando-se mais propensa a desenvolver o TPB.


Entenda que um ambiente familiar mais estável e de apoio pode ajudar a criança a ter uma base emocional mais forte. 


Os pais não precisam ser perfeitos, mas estar abertos ao diálogo, demonstrar afeto e buscar ajuda profissional quando necessário são atitudes essenciais para criar um ambiente mais seguro e acolhedor.


O Papel da Escola na Identificação Precoce do Borderline na Infância


A escola é um dos principais espaços onde os primeiros sinais do transtorno borderline podem aparecer. A criança passa muitas horas do seu dia na escola, e é ali que ela desenvolve grande parte de sua socialização. Professores e orientadores podem ser os primeiros a perceber comportamentos que os pais não notam em casa.


A colaboração entre família e escola é fundamental para o diagnóstico precoce e melhor suporte à criança.


Como o Tratamento Pode Ajudar

A boa notícia, é que com a intervenção adequada, crianças e adolescentes com tendência ao transtorno borderline podem aprender a controlar suas emoções e viver de forma mais equilibrada. 


Isso significa:


  • Menos explosões emocionais: Com terapia, eles aprendem técnicas para controlar a raiva, tristeza e impulsividade.

  • Relacionamentos mais saudáveis: Aprendem a desenvolver relações baseadas em confiança, sem o medo constante de rejeição.

  • Vida mais tranquila: Com o apoio certo, a criança ou adolescente pode crescer com a autoestima mais forte e melhores habilidades sociais.


Quando é Hora de Procurar Ajuda?


Fique atento a sinais como:

  • Dificuldade em manter relacionamentos na escola ou em casa.

  • Explosões de raiva ou tristeza intensas e frequentes.

  • Medo exagerado de ser rejeitado ou abandonado.


Se você notar esses comportamentos, é extremamente importante procurar um psicólogo ou psiquiatra especializado em transtornos emocionais na infância e adolescência. 


O diagnóstico correto é a melhor forma de mudar o rumo da vida dessa criança ou adolescente.


Conclusão


Não é tão fácil identificar o borderline na infância, mas simplesmente não dá para ignorar os sinais. 


Quanto antes você buscar ajuda, mais chances a criança ou adolescente terão de crescer com equilíbrio emocional e relações saudáveis. 


Então, fique atento, busque informação e apoio profissional. Você não estará apenas ajudando a lidar com um transtorno, mas sim oferecendo uma nova perspectiva de vida para quem você ama.


Lembre-se: o transtorno borderline pode começar na infância, intensificar-se na adolescência, mas com diagnóstico e tratamento certos, é possível construir um futuro mais feliz e tranquilo.


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