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  • Foto do escritorRochelle Affonso Marquetto

A neurociência aliada ao diagnóstico de transtornos psiquiátricos


neurociência no tratamento de transtornos psíquicos


As mais recentes descobertas científicas, no campo da neurociência, têm relacionado doenças mentais a distúrbios cerebrais. Nesse aspecto, a neurociência moderna surge como uma grande promessa de estratégias para prevenção e cura.


De fato, é indiscutível que hoje enfrentamos uma das maiores sobrecargas na saúde pública no que diz respeito ao crescimento de transtornos mentais no mundo.


De acordo com a Organização Mundial da Saúdo (OMS), cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos mentais. A questão é tão alarmante que a o campo da neurociência comportamental vem se dedicando especialmente ao assunto.


Neste artigo falaremos sobre o papel da neurociência no diagnóstico de transtornos psiquiátricos e como ela está mudando o cenário atual de avaliação e tratamento dessas condições.


A importância da neurociência no diagnóstico de transtornos psiquiátricos


Com o avanço tecnológico e a crescente compreensão dos mecanismos neurobiológicos relacionados a transtornos mentais, a neurociência tem permitido uma identificação mais apurada do problema.


Uma das principais contribuições da neurociência para o diagnóstico de transtornos psiquiátricos é o uso de imagens cerebrais. Por meio de técnicas de ressonância magnética e tomografias, por exemplo, os pesquisadores têm observado atividades cerebrais e as relacionado a padrões de transtornos específicos.


Outra técnica que vem ganhando espaço é a neuromodulação, que utiliza a estimulação elétrica ou magnética do cérebro para modificar a atividade cerebral em áreas específicas.


Essa técnica pode ser usada para ajudar determinadas áreas cerebrais que precisam ser estimuladas durante o tratamento de doenças como a depressão e o transtorno obsessivo compulsivo (TOC).



Como a neurociência vem sendo aplicada no campo da saúde mental?


Além do uso de imagens, por meio da neurociência é possível trabalhar no desenvolvimento de medicamentos específicos. O entendimento de como diferentes substâncias afetam o cérebro pode ajudar a perceber novos alvos terapêuticos para utilizar nos tratamentos.


A neurociência também aborda a intervenção comportamental, que nada mais é que a compreensão de como o comportamento humano é influenciado pelo cérebro e, a partir disso, desenvolve técnicas que ajudam as pessoas a mudar seus padrões de pensamento e comportamento.


Alguns dos transtornos que vêm sendo analisados pela neurociência estão listados a seguir:

  • Depressão: Por meio da neurociência os cientistas têm descoberto que a depressão está relacionada a alterações químicas no cérebro, como a diminuição de produção de neurotransmissores, incluindo a serotonina e a dopamina. Isso leva ao desenvolvimento de medicamentos e antidepressivos mais eficazes que visam aumentar esses neurotransmissores.

  • Mal de Alzheimer: Técnicas de neuroimagem vem sendo usadas para encontrar evidências de neurodegeneração. Elas podem ajudar os médicos a determinar se alguém tem Alzheimer ou outra forma de apresentação, considerando a estrutura e função do cérebro. A neuroimagem rastreia as mudanças ao longo do tempo e avalia quão bem os pacientes respondem ao tratamento.

  • Transtorno bipolar: atualmente entende-se que a bipolaridade não tem cura. No entanto, a neurociência tem percebido a função de plasticidade do cérebro, o que permite pensar melhor no controle de sintomas e crises. Nesse aspecto, vale lembrar que a neuroplasticidade visa controlar o humor do paciente e compensar a perda de funções cerebrais prejudicadas.

  • Esquizofrenia: As principais características do transtorno esquizofrênico é a perda de conexão com a realidade e a distorção de pensamentos. Assim, a neurociência traz uma abordagem multifatorial para diagnosticar e tratar os pacientes, com foco em restabelecer padrões emocionais e organizar pensamentos. Uma das vertentes trabalhadas concentra-se na estimulação transcraniana por corrente continua, a qual cria um campo eletromagnético para modular o sistema nervoso e ajudar na regulação neuronal.



Técnicas desenvolvidas com a ajuda da neurociência que vêm sendo utilizadas no tratamento dos transtornos mentais


Como visto, a neuromodulação vem sendo amplamente utilizada no tratamento de transtornos mentais, especialmente após as novas descobertas sobre a plasticidade cerebral.


Nesse aspecto, abaixo constam algumas abordagens mais recentes que vêm trazendo resultados eficazes:

  1. Neurofeedback: a abordagem não invasiva é indicada para tratar diversas disfunções neurológicas. Por meio de treinamentos cerebrais, como o uso de elétrodos que analisam os processos pelo uso de software específico e permitem o acompanhamento do funcionamento cerebral em tempo real. Com essa técnica é possível identificar alterações como TDAH, distúrbios do sono, autismo e problemas de memória.

  2. Estimulação magnética craniana: é uma técnica inovadora indicada para o tratamento de problemas como a depressão e a fibromialgia. É baseada no uso de uma bobina de estimulação que usa campos magnéticos e estimula regiões especificas do cérebro.

  3. Realidade Virtual: a inteligência artificial trouxe grandes contribuições para o campo da neurociência, principalmente pela sua capacidade de criar novas realidades e ilusões ao cérebro dos pacientes. A criação de mundos interativos gerados por computador, provoca novas percepções sensoriais ao paciente, que experimenta uma realidade muito semelhante ao mundo real. Assim, a sensação de estar em novos ambientes é altamente benéfica no tratamento de diversas condições, como ansiedade, estresse pós-traumático, distúrbios do sono e até mesmo certas fobias.



Neurociência aplicada no dia a dia para melhorar a saúde mental


Você pode incluir a neurociência no seu cotidiano e melhorar sua saúde mental de forma simples.

  1. Crie situações semelhantes à realidade: ressignificar um acontecimento é dar novo sentido a uma situação negativa vivenciada. O primeiro passo é aceitar o ocorrido e identificar os bloqueios emocionais. Isso envolve criar novas associações a eventos passados.

  2. Pratique meditação: tire um tempo para relaxar usa mente e manter o foco inteiramente em si. De acordo com pesquisadores, a meditação altera fisicamente nossa massa cinzenta e ajuda a combater problemas, como a degeneração cognitiva. Pela meditação é possível melhorar a memória e até mesmo distúrbios de humor.

  3. Exercite suas emoções: o cérebro humano pensa sobre o que sente. De você mantém uma constante insatisfação, angústia e estresse é dessa forma que costumará agir. É preciso mudar os sentimentos e a partir disso mudar pensamentos e ações. Portanto, comece a trabalhar suas emoções. Alguns pontos que podem te ajudar nesse sentido são:

  • Ouça músicas relaxantes

  • Procure estar em boas companhias

  • Organize seu ambiente

  • Pratique exercícios físicos

  • Tenha uma boa alimentação



Conclusão


Apesar se ser uma área recente de estudos, a neurociência tem grande impacto no desenvolvimento humano. Neste artigo, destacamos algumas contribuições da neurociência para o diagnóstico e tratamentos de transtornos psiquiátricos.


Se você quer saber mais sobre saúde mental, diagnósticos e possíveis tratamentos convidamos você a conhecer nossa clínica.


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